Bairros nunca tiveram o propósito de serem imutáveis
As mudanças nos bairros e nas cidades ao longo dos anos é natural e tentar impor restrições para elas é um equívoco.
Confira os os 5 artigos mais lidos no blog do Caos Planejado no ano de 2021.
20 de dezembro de 2021Encerramos 2021 agradecendo a confiança e suporte de toda a comunidade do Caos Planejado. Vocês são essenciais na expansão do debate sobre cidades e urbanismo para além da academia, enriquecendo o debate sobre as nossas cidades com conteúdo técnico em linguagem acessível.
Neste ano, publicamos cerca de 70 artigos e 20 episódios do podcast, atingindo mais de 35 mil acessos mensais. Esse alcance é potencializado pela nossa parceria com o ArchDaily, o maior site de arquitetura do mundo, que republica nosso conteúdo em suas plataformas, gerando um número ainda maior de acessos. Além de dezenas de publicações e menções em veículos externos, incluindo os jornais Folha de S. Paulo, Estadão, Valor e Zero Hora, e as revistas Exame e VejaSP.
Nosso conteúdo tem ajudado a pautar o debate sobre revisão de planos diretores, habitação, adensamento e políticas de mobilidade em cidades do país inteiro. Para citar algumas conquistas, inspiramos a retirada da exigência de vagas de estacionamento em empreendimentos na cidade de Porto Alegre, iniciamos um debate sobre a concessão da Zona Azul e do estacionamento público em São Paulo, despertamos interesse de diversos agentes do poder executivo e legislativo a respeito das políticas urbanas no Rio de Janeiro e participamos de evento técnico na revisão do plano diretor de Natal. Também vimos alunos do Maranhão, Alagoas e Rio Grande do Sul pautando suas dissertações de graduação em urbanismo a partir do nosso conteúdo, formando uma nova geração de urbanistas alinhados com as nossas pautas.
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A seguir, listamos os 5 artigos mais lidos no blog do Caos Planejado no ano de 2021.
“Esse tipo de solução parte da premissa incorreta de que, ao ampliar a capacidade viária, alivia-se o trânsito congestionado de uma determinada região e, consequentemente, se reduz o tempo de viagem. No entanto, o que realmente acontece é que, com o passar do tempo, o trânsito voltará a ficar congestionado, tornando inútil a ampliação viária realizada.”
“Se o objetivo é aumentar a densidade urbana e a acessibilidade habitacional, as evidências indicam que todas as formas de permitir aumento de densidade devem ser bem-vindas. É preciso evitar o paradoxo de tentar buscar o aumento da densidade urbana sem novas construções, assim como a redução do déficit habitacional sem a construção de novas moradias.”
Sendo a Bahia um estado pobre, é difícil aceitar que se aloque R$ 1,2 bilhão de recursos públicos em uma ponte que nem sequer possui viabilidade econômica. […] Hoje, qualquer pessoa minimamente informada sabe que os carros têm os dias contados. Num horizonte de cinco a dez anos serão drasticamente reduzidos, sendo substituídos por autômatos compartilhados e articulados a sistemas metroviários.”
“Porto Alegre, contrária a verticalizar-se, possuiu, nos anos 50, uma tipologia de edifícios com a qual foi possível compactar e densificar a cidade a níveis internacionais.
Na década de 1950, Porto Alegre crescia em uma média de 5% ao ano, sua população passou de 395 mil para 635 mil habitantes em 1960. Praticamente duplicou o número de pessoas, ao mesmo tempo em que ocorreu uma verdadeira explosão imobiliária. A verticalização passou a ser corriqueira e nessa época foram aprovados os edifícios mais altos da capital.”
“Entre 1989 e 2021, o SimCity inspirou — ou talvez enganou — uma geração de crianças a entrar no planejamento urbano com a ideia de gerenciar cidades como máquinas. Com a próxima geração de urbanistas crescendo a base de uma dieta constante de memes cínicos de planejamento e políticas YIMBY, retornar às raízes de SimCity com um pouco de realismo chato pode ser apenas o que a série precisa. Dê aos jogadores a opção de experimentar ideias emergentes sobre trânsito e reforma de leis de zoneamento e um novo SimCity político pode realmente dar origem a uma geração de planejadores de cidades preparados para jogar o jogo.”
Somos um projeto sem fins lucrativos com o objetivo de trazer o debate qualificado sobre urbanismo e cidades para um público abrangente. Assim, acreditamos que todo conteúdo que produzimos deve ser gratuito e acessível para todos.
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