Nós, arquitetos e arquitetas urbanistas populares, atuamos diretamente nas periferias, favelas e comunidades de todo o Brasil. Nosso trabalho nasce da realidade dos territórios, com base na escuta, no diálogo e na construção coletiva com moradores e lideranças locais. Não chegamos de fora para dentro: somos parte dessas comunidades e é desse lugar que construímos uma arquitetura viva, participativa e transformadora.
Nossa prática
Democratizamos o acesso à arquitetura e ao urbanismo para populações historicamente excluídas desse direito;
Desenvolvemos projetos de Habitação de Interesse Social e melhorias habitacionais que transformam, com baixo custo e alto impacto, a qualidade de vida de milhares de famílias;
Atuamos de forma contínua, local e comunitária enraizada nas demandas reais e na luta por justiça territorial;
Somos parte da construção de soluções que garantem o direito à cidade, à moradia digna e à vida com dignidade.
Contra os rótulos
Temos sido deslegitimados, chamados de “neoliberais” ou de ações “pontuais”. Essas acusações sem lastro, revelam desconhecimento e distanciamento da realidade das periferias.
Nosso trabalho não é fragmentado nem mercantilizado: é processo, é luta, é política pública na prática. É resultado da mobilização de base que há décadas vem garantindo avanços concretos para populações invisibilizadas.
Reconhecimento institucional
O anúncio de novas políticas públicas de melhorias habitacionais pelo Ministério das Cidades e pela Caixa Econômica Federal é um avanço. No entanto, reafirmamos que sem a presença das Assessorias Técnicas Populares e Arquiteturas Comunitárias, o programa corre o risco de não alcançar seu objetivo real.
Somos a ponte entre o Estado e os territórios. Somos a garantia de que os recursos chegarão onde precisam chegar. Nosso reconhecimento e fortalecimento são fundamentais para a efetividade de qualquer política habitacional.
Chamado a luta para a inserção de Arquitetos Urbanistas no Território
Convocamos pesquisadores, universidades e gestores públicos a conhecerem e reconhecerem nossa atuação. Não há direito à cidade sem a voz e a prática dos territórios. Não há moradia digna para o povo, sem a arquitetura popular.
Seguiremos construindo, coletivamente, cidades mais justas, inclusivas e sustentáveis, de baixo para cima, das comunidades para as comunidades, transformando o direito à cidade em uma conquista da sociedade brasileira.
E, por sim, falar de Arquitetura Popular é falar de inclusão. Quem faz para o povo e com o povo é o Arquiteto Urbanista. Não estamos criando uma profissão, estamos chamando a atenção para a situação dramática dos domicílios inadequados do Brasil. Isto é posicionar o Arquiteto Urbanista no Direito à Cidade.
Enquanto o povo não acessar arquitetura e urbanismo plenamente, continuaremos fazendo e trazendo o POPULAR para o debate.
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