Construir mais com domicílios vazios?
Sempre que o número de domicílios vazios é divulgado surgem associações ao déficit habitacional.
No nosso 11º episódio recebemos Ricardo Birmann, um dos idealizadores do Urbitá, projeto de uma nova centralidade para Brasília.
25 de julho de 2019Dos 1,3 milhão de pessoas que hoje trabalham no Plano Piloto de Brasília, 77% moram em cidades vizinhas, o que gera graves problemas de mobilidade e infraestrutura. Dentro deste cenário, a 15 km do Plano Piloto, surge a Urbitá, projeto de uma nova cidade mais próxima da escala do pedestre, com fachadas ativas e vias projetadas para uso de diversos meios de transporte.
Para conversarmos sobre este interessante empreendimento urbanístico, recebemos Ricardo Birmann, CEO da Urbanizadora Paranoazinho, empresa responsável pela implantação da Cidade Urbitá. Ricardo é bacharel em Física pela Universidade de São Paulo, mas desenvolveu sua carreira no mercado imobiliário, no qual sua família atua há 40 anos através da Birmann S/A. Ricardo ainda é diretor da Fundação Aron Birmann, mantenedora privada do parque público Burle Marx em São Paulo, eleito o melhor da cidade em 2010.
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Para fazer o download do episódio, clique aqui.
G1 – GDF aprova criação do bairro Urbitá, em Sobradinho, com previsão de 118 mil moradores
Correio Braziliense – Especialistas alertam para necessidade de monitorar projeto de nova cidade
FEE – Urban Design and Social Complexity
Brasília: uma cidade que não faríamos de novo
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Quero apoiarSempre que o número de domicílios vazios é divulgado surgem associações ao déficit habitacional.
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No projeto de espaços abertos, considero que um dos conceitos mais importantes é o de conformação de espaços abertos “positivos”.
Confira nossa entrevista com a pesquisadora Mariana Giannotti.
Na capital paulista, parece até sobrar espaços públicos e áreas verdes onde há pouca gente vivendo ou circulando a pé, mas faltam praças e parques em regiões bastante povoadas. Praças privadas, que passam a ser incentivadas pelo novo Plano Diretor, podem ser a solução?
Mais novo parque de São Paulo na margem do Rio Pinheiros apresenta problemas de acessibilidade para quem chega a pé.
Nos acostumamos a uma realidade de aversão aos espaços urbanos. Principalmente para crianças, a experiência da cidade é limitada ao carro.
O planejamento de municípios no formato de grelha, que é composto por ruas que se cruzam perpendicularmente e criam ângulos retos, facilitam o deslocamento pelas localidades, incentivam a interação social e potencializam o uso da infraestrutura.
Confira nossa conversa com Isay Weinfeld.
COMENTÁRIOS
Excelente entrevista… já sabia do projeto, mas não com essa riqueza de detalhes.
Fiquei positivamente surpreso com o empreendimento.
Só tem alguns pontos (secundarios) da entrevista que acredito não terem sido abordados bem.
Comenta -se que não há nada parecido no DF e acredito que essa seja uma meia verdade.
Águas Claras e outras regiões foram feitas para o uso misto, escala humana, priorizando o transporte público e as fachadas ativas.
Além disso temos os projetos da TransBrasilia (Interbairros) que vai adensar uma enorme faixa de lotes juntos à avenida e próximos ao Metrô, possui concepções semelhantes.
Outro projeto, o Taquari II também leva em consideração essas questões.
Esse sei que apesar dessas características, esses projetos ainda pré definem o uso dos lotes e limitam a altura das construções.
Por fim, tem a questão do Plano Piloto
Atuais projetos já discutidos na Câmara Legislativa para a flexibilização de Uso de Setores Centrais da capital (Setor Comercial Sul e Setor Gráfico). Essa flexibilização, junto a outros projetos como o de novas quadras do Sudoeste e consolidação do Noroeste podem trazer milhares de pessoa para O Plano Piloto e proximidades imediatas.
Os defensores da flexibilização acreditam que o tombamento se deve às escalas e gabaritos, não necessariamente ao uso, que pode e deve ser repensado. Então, não afetariam o tombamento.
Se puder conhecer e escrever sobre esses projetos citados, seria de grande relevância pois são projetos grandes que podem mudar a realidade da capital e estão sendo bem discutidos atualmente.
Temos uma turminha do “contra” que só que engessar mais a cidade, mas muita gente boa interessada, nessas flexibilizações e implementação dos projetos.