Dos 1,3 milhão de pessoas que hoje trabalham no Plano Piloto de Brasília, 77% moram em cidades vizinhas, o que gera graves problemas de mobilidade e infraestrutura. Dentro deste cenário, a 15 km do Plano Piloto, surge a Urbitá, projeto de uma nova cidade mais próxima da escala do pedestre, com fachadas ativas e vias projetadas para uso de diversos meios de transporte.
Para conversarmos sobre este interessante empreendimento urbanístico, recebemos Ricardo Birmann, CEO da Urbanizadora Paranoazinho, empresa responsável pela implantação da Cidade Urbitá. Ricardo é bacharel em Física pela Universidade de São Paulo, mas desenvolveu sua carreira no mercado imobiliário, no qual sua família atua há 40 anos através da Birmann S/A. Ricardo ainda é diretor da Fundação Aron Birmann, mantenedora privada do parque público Burle Marx em São Paulo, eleito o melhor da cidade em 2010.
Ouça:
Disponível também em Apple Podcasts, Breaker, Castbox, Google Podcasts, Pocket Cast ou RadioPublic.
Para fazer o download do episódio, clique aqui.
Links do episódio:
Projeto Urbitá
G1 – GDF aprova criação do bairro Urbitá, em Sobradinho, com previsão de 118 mil moradores
Correio Braziliense – Especialistas alertam para necessidade de monitorar projeto de nova cidade
Entrevista Jane Jacobs
FEE – Urban Design and Social Complexity
Brasília: uma cidade que não faríamos de novo
Sua ajuda é importante para nossas cidades.
Seja um apoiador do Caos Planejado.
Somos um projeto sem fins lucrativos com o objetivo de trazer o debate qualificado sobre urbanismo e cidades para um público abrangente. Assim, acreditamos que todo conteúdo que produzimos deve ser gratuito e acessível para todos.
Em um momento de crise para publicações que priorizam a qualidade da informação, contamos com a sua ajuda para continuar produzindo conteúdos independentes, livres de vieses políticos ou interesses comerciais.
Gosta do nosso trabalho? Seja um apoiador do Caos Planejado e nos ajude a levar este debate a um número ainda maior de pessoas e a promover cidades mais acessíveis, humanas, diversas e dinâmicas.
Quero apoiar
COMENTÁRIOS
Excelente entrevista… já sabia do projeto, mas não com essa riqueza de detalhes.
Fiquei positivamente surpreso com o empreendimento.
Só tem alguns pontos (secundarios) da entrevista que acredito não terem sido abordados bem.
Comenta -se que não há nada parecido no DF e acredito que essa seja uma meia verdade.
Águas Claras e outras regiões foram feitas para o uso misto, escala humana, priorizando o transporte público e as fachadas ativas.
Além disso temos os projetos da TransBrasilia (Interbairros) que vai adensar uma enorme faixa de lotes juntos à avenida e próximos ao Metrô, possui concepções semelhantes.
Outro projeto, o Taquari II também leva em consideração essas questões.
Esse sei que apesar dessas características, esses projetos ainda pré definem o uso dos lotes e limitam a altura das construções.
Por fim, tem a questão do Plano Piloto
Atuais projetos já discutidos na Câmara Legislativa para a flexibilização de Uso de Setores Centrais da capital (Setor Comercial Sul e Setor Gráfico). Essa flexibilização, junto a outros projetos como o de novas quadras do Sudoeste e consolidação do Noroeste podem trazer milhares de pessoa para O Plano Piloto e proximidades imediatas.
Os defensores da flexibilização acreditam que o tombamento se deve às escalas e gabaritos, não necessariamente ao uso, que pode e deve ser repensado. Então, não afetariam o tombamento.
Se puder conhecer e escrever sobre esses projetos citados, seria de grande relevância pois são projetos grandes que podem mudar a realidade da capital e estão sendo bem discutidos atualmente.
Temos uma turminha do “contra” que só que engessar mais a cidade, mas muita gente boa interessada, nessas flexibilizações e implementação dos projetos.