As esquinas por que passei
Como as esquinas, esse elemento urbano com tanto potencial econômico, cultural e paisagístico, podem ter sido ignoradas por tanto tempo pela produção imobiliária em São Paulo? É possível reverter essa situação?
Cidades boas para as crianças são cidades boas para todos. São mais humanas e constroem comunidades mais sustentáveis e fortes.
25 de outubro de 2021Cidades boas para as crianças são cidades boas para todos. São mais humanas e constroem comunidades mais sustentáveis e fortes. Por isso, mobilidade urbana e primeira infância têm tudo a ver. São intrínsecas, inerentes uma à outra.
As crianças e seus cuidadores — sejam pais, avós, tios, primos ou babás — vivem mais a cidade do que muitos adultos em sua rotina diária casa-trabalho. E precisam dela para crescer bem, física e socialmente.
As cidades devem ser provocadoras desse desenvolvimento integral e necessário. Sem a participação ativa na vivência dos espaços urbanos ele não acontece como deveria. E produzimos o emparedamento da infância, algo que não faz bem nem às pessoas, nem às cidades.
Pensando nessa lógica, o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), com o apoio da Fundação Bernard van Leer (Fundação BVLF), elaborou o estudo Primeiros passos: mobilidade urbana na primeira infância, que relaciona os impactos e consequências da ausência de visão sobre cidades para as crianças.
O estudo, realizado entre 2019 e 2020, mostra os desafios enfrentados pelos cuidadores das crianças nos deslocamentos cotidianos, sob a ótica da infraestrutura das ruas e equipamentos urbanos, e a partir do acesso e uso do transporte público coletivo por ônibus.
O levantamento ouviu pessoas que cuidam de crianças, principalmente de 0 a 3 anos, para entender seus interesses e necessidades. O objetivo foi compreender e analisar a relação entre a mobilidade urbana e os aspectos que impactam o desenvolvimento e a qualidade de vida da primeira infância dos bairros em que vivem e acessam no percurso para as atividades diárias.
A pesquisa teve dois momentos distintos. No primeiro, a perspectiva dos cuidadores foi a base para identificar os impactos diretos e indiretos da qualidade do espaço urbano na vida das crianças quando estão se movendo. Tendo o transporte por ônibus como eixo principal.
No segundo momento, foi feito o detalhamento desses obstáculos. O material foi realizado com base em um estudo de caso de Recife, mas possui recomendações gerais que podem ser aplicadas a outras cidades.
Entre as conclusões, o transporte público e a mobilidade a pé, como já era de se esperar, têm papel fundamental na discussão e na vida das crianças e cuidadores. Juntos, são responsáveis por mais de 70% das viagens realizadas por motivo de trabalho e de 80% por motivo de educação na cidade de Recife.
Quando estes percentuais são analisados por faixa de renda, fica claro que o transporte público por ônibus possui um papel ainda mais central, sendo o principal modo de transporte utilizado para pessoas com renda abaixo de três salários mínimos, tanto por motivos de educação quanto de trabalho.
“Os bebês e as crianças pequenas vivem nas cidades tanto quanto ou até mais do que os adultos. Quase 75% das crianças pequenas brasileiras estão fora das creches, às vezes por falta de vagas e às vezes por opção dos pais.”
“Onde essa criança pequena vive então? Ela vive em casa e na residência dos avós, dos tios, de vizinhos, e nas cidades com os pais. Ela os acompanha em atividades cotidianas como ir ao supermercado, ao posto de saúde e à farmácia.”
“A criança vai junto o tempo todo e circula na cidade de forma muito diferente do adulto, que acorda de manhã, pega um transporte público até o trabalho e volta à noite”, ensina a psicóloga Cláudia Vidigal, da Fundação BVLF, com forte e ampla atuação na causa da primeira infância.
A especialista alerta para o fato de que a sociedade, os gestores e planejadores públicos precisam entender que a mobilidade urbana não é um problema só de adultos.
“Por que esses deslocamentos cotidianos não podem ser um momento de aprendizado? Serem transformados em desenvolvimento e inserção das crianças à cidade? Enquanto esperam o ônibus poderiam estar aprendendo a contar, a conferir sua altura e brincando de amarelinha.”
“Por que nossos pontos de ônibus não podem ser adaptados para esse desenvolvimento? Afinal, estamos falando de 21 milhões de crianças de até seis anos de idade”, provoca.
A psicóloga defende três eixos fundamentais na relação da mobilidade urbana com a primeira infância: segurança, conforto e interatividade.
“A segurança é, como exemplo, o distanciamento das paradas de ônibus da guia da rua para dar mais espaço para a criança enquanto aguarda o ônibus.”
“Conforto é sombra, abrigo de chuva, calçadas melhores construídas, trafegáveis para carrinhos de bebê, por exemplo.”
“E interatividade são pequenos componentes que a gente pode trazer na cidade para que ela se torne mais brincante. As crianças não precisam ir exclusivamente para o parquinho para brincar. Elas deveriam poder brincar em qualquer calçada.”
“Quando você prepara uma cidade para uma criança, você contribui para que ela tenha uma perspectiva diferente quando for adulta. Se a criança desde pequena compreende que a rua é algo dela, faz parte de sua vida, constrói uma relação de mais amor com a cidade”, ensina Cláudia, com mais de 20 anos de experiência na defesa da primeira infância no setor público e privado.
O pertencimento à cidade a que se refere a especialista também é defendido pela Alana, organização socioambiental que promove o direito e o desenvolvimento integral da criança.
“Quanto mais inseridas na cidade, maior a capacidade de desenvolvimento dessas crianças”. Quem faz o alerta é JP Amaral, coordenador do Programa Criança e Natureza da instituição.
“O impacto da mobilidade urbana na primeira infância é grande e passa pela questão da atividade física e da visão sobre a cidade. Numa sociedade que tem uma mobilidade padrão, prioritariamente motorizada e individual, estimamos que 90% das crianças vivem confinadas em casa.”
“Muitas vão para a escola confinadas no carro, passam o dia confinadas na escola e voltam nessa mesma situação. É o que chamamos de emparedamento da infância”, afirma.
As consequências desse “emparedamento” são sérias. “O fato de não estar exposta ao caminhar, ao pedalar e ao uso do transporte público compromete a saúde física das crianças. Afeta a percepção que têm da cidade.”
“Uma atividade muito usada nas escolas é pedir para que desenhem o percurso entre a casa e a escola. Aqueles que vão de carro geralmente fazem uma linha reta, sem grandes referências, no máximo uma loja que percebeu da janela do carro.”
“Já os que fazem o percurso a pé ou de bicicleta têm mais referências, visões. Isso é uma grande bagagem positiva para a criança. Viver a cidade do lado de fora é uma forma de perceber que a cidade a pertence.”
“Elas crescem com esse desenvolvimento cognitivo e sensorial. E cria um afeto pela cidade. Isso tudo vai refletir na vida futura e na relação com o medo que as pessoas estabelecem com a cidade. Quando há contato maior com a cidade, principalmente no transporte, esse medo se torna menor”, alerta JP Amaral.
A dona de casa Sharly Clemente da Silva, moradora da Zona Oeste do Recife, enfrenta diariamente as dificuldades constatadas pelo estudo do ITDP. Sofre todos os dias para circular com os dois filhos pela cidade. Ir à escola ou ao médico é tarefa árdua.
Um dos filhos de Sharly é uma pessoa com deficiência, o que torna o deslocamento ainda mais sacrificante. “Tenho que andar com cuidado redobrado. As calçadas são ruins, sempre tomadas por lixo ou obstruídas com galhos e outras coisas.”
“Em muitos momentos, temos que andar na rua mesmo, próximo ao acostamento, com risco de sermos atropelados. Não há acessibilidade. Faltam travessias seguras também. É preciso andar atento o tempo todo”, relata.
Se chegar ao ponto de ônibus já é difícil, usar o transporte público também é uma provação. Embora tenha a vantagem de fazer uso do Sistema BRT pernambucano, com estações de embarque e desembarque em nível e rampas de acesso, Sharly e os filhos sofrem com a lotação dos veículos e a pouca empatia dos outros passageiros com as crianças.
A ideia de ver os pontos de parada serem transformados em áreas lúdicas, que pudessem estimular o desenvolvimento dos pequenos, é vista como um sonho pela dona de casa.
“Seria muito bom se essa ideia fosse ampliada pela cidade, pelo País. Ajudaria demais no deslocamento diário porque prenderia a atenção deles, ao mesmo tempo em que estariam aprendendo coisas novas”, reconhece.
Histórias como a de Sharly e seus filhos se repetem nos deslocamentos diários de crianças e cuidadores, principalmente no transporte público. Por isso, Beatriz Rodrigues, coordenadora sênior de Transporte Público do ITDP Brasil, destaca que é fundamental a conexão entre o sistema de transporte público, em especial o de ônibus, com a primeira infância.
“As crianças e, principalmente, seus cuidadores são duplamente penalizados porque, além das dificuldades intrínsecas à autonomia de deslocamento natural, existe uma série de características dos sistemas de transportes que não consideram as necessidades de crianças em seu desenho, serviço e infraestrutura, principalmente nos primeiros anos de vida.”
“É preciso rediscutir e desenhar o sistema tendo em mente as crianças e seus cuidadores. Isso significa pensar em como essa questão afeta todas as etapas de sua viagem — do trajeto até o ponto de embarque ao destino final — e, por consequência, todas as etapas de planejamento do sistema. Precisamos voltar a discutir e desenhar sistemas de transporte público voltados para as pessoas, em especial para as novas gerações”, alerta.
Para construir cidades amigáveis para cuidadores e crianças, é preciso considerar seus interesses e necessidades em todas as etapas de desenho do sistema de transporte (planejamento, implementação e operação).
O arquiteto e urbanista Gustavo Partezani, consultor na área e colaborador do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) em projetos relacionados à primeira infância, vai além da problemática do transporte público.
Para ele, antes mesmo de se pensar em qualificar os sistemas de transporte em benefício das crianças e de seus cuidadores, é preciso aproximar os equipamentos urbanos dos bairros. Na visão do arquiteto, a mobilidade tem que ser vista como consequência, não como causa.
“O deslocamento motorizado, por exemplo, deveria ser facultativo às crianças e seus cuidadores no dia a dia. O importante era que elas pudessem ter a escola, os equipamentos de saúde, a praça e o parque perto de casa, em distâncias caminháveis.”
“Cuidar das calçadas e da segurança viária, então, seria fundamental. Porque se não for assim, a gente olha a consequência e, não, a causa. Há situações em que o motorizado será necessário, mas não pode ser como política pública.”
“A mobilidade precisa ser vista como consequência, não como causa. A criança e seu cuidador fazem longos deslocamentos porque não têm a escola perto de casa. Precisamos mudar essa lógica”, defende.
O estudo Primeiros passos: mobilidade urbana na primeira infância aponta ações e iniciativas capazes de transformar as infraestruturas de mobilidade existentes nas cidades e o planejamento do transporte público para que sejam mais sensíveis à primeira infância.
Sob a ótica da mobilidade a pé, as recomendações são para adequação das calçadas, arborização das ruas, iluminação das vias e entorno das paradas de ônibus, além da implantação de travessias seguras para os pedestres.
A partir do transporte público, as recomendações são para, além de priorizar o serviço nas ruas e avenidas das cidades — fazendo com que as viagens se tornem mais rápidas e confortáveis —, transformar a infraestrutura do mobiliário urbano em espaços lúdicos, que estimulem o desenvolvimento das crianças quando os utilizarem.
O Brasil tem projetos interessantes que promovem a inclusão da primeira infância e dos cuidadores nas cidades. É verdade que não são muitos e, por isso, a necessidade de ampliar e estimular essa visão.
Jundiaí, cidade do interior de São Paulo, é um dos destaques na transformação dos espaços públicos em ambientes lúdicos e estimulantes para a primeira infância.
O município, que em 2020 passou a integrar a Rede Urban 95 Brasil, desenvolvida pela Fundação Bernard Van Leer em parceria com o Instituto Cidades Sustentáveis, prioriza, de fato, a integração das crianças nas suas ações de políticas públicas.
Em 2018, a cidade já tinha aderido à Rede Latino-americana de Cidades das Crianças com o objetivo de melhorar dois fatores no desenvolvimento infantil: a qualidade e a frequência das interações entre crianças de até 95 centímetros e seus cuidadores, e o bem-estar desses cuidadores com a oferta de serviços, espaços públicos, transporte, planejamento e gerenciamento de dados.
A coleta de dados sobre crianças pequenas e seus cuidadores acontece em cada bairro do município. Essas informações dão sustentação à melhor alocação de recursos voltados para a primeira infância.
Permitem transformar os espaços físicos existentes em lugares onde as crianças pequenas brinquem sem perigo, por exemplo. Os pontos de ônibus são um dos cases de sucesso da cidade. O projeto Jundiaí Pé de Infância deu fama ao município como uma cidade melhor e mais divertida para as crianças.
O Pé de Infância envolve a caracterização de diversos espaços da cidade com uma divertida identidade visual e o convite à brincadeira e ao desenvolvimento.
“Os pontos de ônibus viraram verdadeiros espaços de brincadeiras. São pinturas que instigam a criatividade das crianças, que estimulam seus pais e cuidadores à contação de histórias ou a cantar uma canção, por exemplo.”
“Assim, temos conseguido transformar a cidade numa fonte permanente de experiência e aprendizado”, afirma Marcelo Peroni, gestor de Cultura de Jundiaí.
Depois de ser a primeira capital brasileira a criar o Plano Municipal pela Primeira Infância — Lei 10.221/2014 e Decreto 13.581/2015 —, no fim de 2020, em meio a pandemia de covid-19, a capital cearense instituiu o Marco Legal da Primeira Infância
A legislação municipal foi criada com o propósito de garantir, ao longo das próximas gestões, a consolidação de programas, ações e projetos direcionados ao desenvolvimento infantil.
Mais de 20 iniciativas compõem o escopo da nova lei. Entre elas, o Projeto Caminhos da Escola, que promove a segurança no trânsito e o desenvolvimento infantil por meio de intervenções em áreas escolares.
Esses espaços da cidade ganharam elementos de moderação de velocidade do tráfego, adequação de velocidade, construção e reforma de calçadas, mobiliário urbano e elementos que incentivem o brincar e o aprender, além de iluminação pública adequada.
Segundo dados da Prefeitura de Fortaleza, 220 mil alunos vão para as escolas da rede municipal todos os dias e 55% dos estudantes fazem o trajeto a pé. Antes do Caminhos da Escola avançar, 78% das pessoas afirmaram se sentir inseguras nos deslocamentos.
Agora, 80% disseram que se sentem seguras. As intervenções promovem, por exemplo, a redução de 80% na extensão da travessia das ruas e avenidas, o que proporciona mais segurança para crianças e cuidadores.
Por tudo isso, é fundamental que as cidades ampliem as políticas e ações focadas na mobilidade urbana para a primeira infância. Os resultados e as necessidades apresentados nesta reportagem demonstram a urgência da mudança para que nossas crianças sejam adultos mais fortes e integrados ao lugar em que vivem, e para que nossas cidades sejam mais cidadãs e gentis com os pequenos e seus cuidadores.
Entre as ações que a levaram a ser reconhecida está a implantação de mais de 600 abrigos simples e 70 climatizados, todos com painéis lúdicos e mensagens relacionadas aos pequenos de até 6 anos de idade. São equipamentos que estimulam as brincadeiras entre pais e filhos em um espaço com ar-condicionado e energia solar.
Os abrigos receberam seis temas diferenciados: higiene pessoal, hábito da leitura, alimentação saudável, importância de brincar, relação familiar e educação escolar.
Em todos eles há dicas essenciais para o cuidado dos pais com os filhos, como estreitar os laços afetivos através da leitura, carinho e atenção, tudo o que uma criança precisa na idade da primeira infância.
Outro projeto de destaque na capital de Roraima é o Caminhos da Primeira Infância, que envolve a construção de calçadas interativas com pinturas no chão e de murais que estimulam a criatividade infantil.
Atualmente, está em uma área mapeada no bairro Nova Cidade, na Zona Oeste da capital, num percurso interativo que conecta escola, posto de saúde e praça. Mas a meta da prefeitura é expandir o projeto para outros bairros da cidade.
O Selvinha Amazônica, mini parques com animais gigantes e miniaturas espalhados por diversas regiões da capital, também merece destaque por promover a interação das crianças.
Apesar de muitas cidades brasileiras já estarem no caminho certo ao criar elos de ligação entre primeira infância e mobilidade urbana, há muito o que ser feito e disseminado entre a sociedade e os gestores públicos.
Por isso, a importância do estudo Primeiros passos: mobilidade urbana na primeira infância, do ITDP. A partir dos alertas e ensinamentos sugeridos no material é possível cada vez mais estimular o desenvolvimento de laços afetivos (de memória, identificação e cultura) das crianças com a cidade em que vivem. Só humanizando e transformando o transporte público coletivo, calçadas e espaços públicos essa mudança acontecerá.
Essa é a principal lição deixada pelo ITDP. “É preciso rediscutir e desenhar o sistema tendo em mente as crianças e seus cuidadores. Isso significa pensar como os obstáculos criados diariamente nas cidades afetam todas as etapas das viagens dessas pessoas.
Precisamos voltar a discutir e desenhar sistemas de transporte público focados nas pessoas, em especial nas novas gerações”, ensina Beatriz Rodrigues, do ITDP.
Artigo publicado originalmente em ITDP Brasil em 5 de agosto de 2021.
Somos um projeto sem fins lucrativos com o objetivo de trazer o debate qualificado sobre urbanismo e cidades para um público abrangente. Assim, acreditamos que todo conteúdo que produzimos deve ser gratuito e acessível para todos.
Em um momento de crise para publicações que priorizam a qualidade da informação, contamos com a sua ajuda para continuar produzindo conteúdos independentes, livres de vieses políticos ou interesses comerciais.
Gosta do nosso trabalho? Seja um apoiador do Caos Planejado e nos ajude a levar este debate a um número ainda maior de pessoas e a promover cidades mais acessíveis, humanas, diversas e dinâmicas.
Quero apoiarComo as esquinas, esse elemento urbano com tanto potencial econômico, cultural e paisagístico, podem ter sido ignoradas por tanto tempo pela produção imobiliária em São Paulo? É possível reverter essa situação?
Enquanto Nova York adia seus planos para reduzir o congestionamento, o sucesso de políticas de taxa de congestionamento em outras cidades prova que essa medida não é apenas inteligente — é popular.
As intervenções em assentamentos precários em bairros de maior e menor renda mostram que a política pública se dá de maneira distinta. Cabe questionarmos: o que leva a esse cenário? Quais forças devem influenciar a decisão de se urbanizar favelas em certos bairros e não em outros?
Para comemorar o aniversário de 10 anos, selecionamos artigos importantes de cada ano de existência do Caos Planejado.
A transformação da cidade de Medellín teve como inspiração um projeto brasileiro, mas é difícil reproduzir o modelo colombiano para obter resultados semelhantes aqui.
Garantir o direito das crianças ao brincar nos espaços urbanos vai muito além da construção de parques e playgrounds.
Nem tudo o que é prometido em termos de infraestrutura e serviços acaba sendo entregue pelas intervenções. Já a sensação de segurança, endereçada indiretamente pelas obras, pode aumentar, apesar de os problemas ligados à criminalidade persistirem nas comunidades.
Confira nossa conversa com Ricky Ribeiro e Marcos de Souza sobre o Mobilize Brasil, o primeiro portal brasileiro de conteúdo exclusivo sobre mobilidade urbana sustentável.
A criação de novas rotas de transporte informal pode ajudar a atender às necessidades de deslocamento de muitas pessoas.
COMENTÁRIOS