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Quem já participou de reuniões públicas sobre novas linhas de metrô, alterações na rede de ônibus ou projetos viários em geral sabe muito bem como as coisas funcionam: meia dúzia de técnicos da prefeitura sentados à frente de uma platéia entediada falando sobre a nova linha de metrô. No fim, 15 minutos para perguntas acabam se transformando em uma hora de discussão e confusão generalizada, onde nada se resolve. A participação pública fica apenas no nome pois dificilmente o projeto é alterado tendo em conta as preocupações da população. Como mudar isso? O grupo Changing Places do MIT Media Lab e o Mobility Futures Collaborative talvez tenham a solução: um planejamento de transporte realmente participativo que envolve associações de bairro, softwares de transportes que calculam indicadores diversos (tempos de viagem, lugares de estacionamento, custos de investimento e operação, tempo do ônibus parado, fluxo de bicicletas, extensão das faixas de ônbius, etc.) de acordo com os cenários propostos e… Lego!
O projeto “New interactive tools for participatory transit planning”, patrocinado pela Barr Foundation e gerido pelo Professor Christopher Zegras e pelo aluno de doutorado Anson Stewart, trouxe ao bairro de Roxbury em Boston, no Roxbury Innovation Center com participação da Nuestra Comunidad, três “ferramentas” interativas que exploram três diferentes escalas de impactos:
Street scale
Focado num cruzamento importante de Boston, esta ferramenta explora os tradeoffs quando se melhora a linha de ônibus normal com soluções BRT. Por exemplo: como o design da estação impacta a performance do ônibus? O que acontece quando você coloca um corredor central de ônibus ao invés de uma faixa lateral? Essa ferramenta utiliza a ferramenta CityScope associada ao software de microssimulação de tráfego SUMO.
Neighborhood scale e o planejamento de transporte
Focado na área em torno do terminal de ônibus “Dudley Square”, um dos mais importantes hubs do sistema de transporte de Boston onde 15 mil pessoas embarcam em ônibus todos os dias. Nesta escala é possível explorar novas linhas de ônibus e entender como elas afetam o bairro e o sistema de transporte em geral. Essa ferramenta utiliza a ferramenta CityScope associada ao software de microssimulação de tráfego SUMO.
Regional scale
Focado na Grande Boston, esta ferramenta explora o impacto de novas linhas de ônibus com diversas configurações, tais como: alterações na frequência, melhoramento das estações e medidas de preferência ao transporte público. Algumas questões que esta ferramenta pode receber: Como estas novas linhas melhoram o acesso aos empregos e aos destinos na grande Boston? Qual seria o impacto nos tempos de viagem? Essa ferramenta utiliza o softwareCoAXs construído sobre a plataforma Conveyal e Open Trip Planner.
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As regras e decisões sobre o planejamento das localidades afetam como as pessoas irão usar e ocupar os espaços urbanos. Lugares com pouca gente nas vias públicas e sem infraestrutura passam um sentimento maior de insegurança e tendem a registrar índices de criminalidade mais elevados. Rever leis de zoneamento e o design dos municípios, em conjunto com outras medidas, podem contribuir para mudar esse cenário e trazer mais segurança as cidades.
A partir de diversos dados, a pesquisa Supply Skepticism Revisted, da NYU, busca analisar e responder às preocupações dos que acreditam que um aumento na oferta de moradia não diminui o crescimento dos preços dos aluguéis.
São Luís carece de infraestrutura ciclística, refletindo uma cultura e políticas urbanas que favorecem o uso do carro. Para mudar essa realidade, é essencial priorizar uma abordagem mais sustentável e humana para a mobilidade urbana na cidade.
O Centro Histórico de Porto Alegre enfrenta desafios de zeladoria e alta vacância imobiliária. Iniciativas de revitalização são positivas, mas insuficientes para endereçar os variados problemas. Um mapeamento abrangente é crucial para solucionar a situação.
"A invenção da Superquadra" é um livro sobre Brasília que explica e discute o conceito das superquadras, parte essencial do plano urbanístico de Lucio Costa. A obra discorre sobre a complexidade, as intenções e as controvérsias do projeto original.
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