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Os municípios brasileiros têm evidenciado uma queda significativa no volume de passageiros utilizando ônibus. Há uma série de fatores que justificam essa queda de demanda: o sistema de ônibus em si não é mais adequado às necessidades da população, pois ele peca por falta de flexibilidade, conforto e disponibilidade (muitas vezes decorrentes do enquadramento legal vigente), vantagens inerentes ao carro particular.
Esse fenômeno é causado principalmente pela falta de outras alternativas de transporte — tanto de maior capacidade, como o metrô, quanto de menor capacidade, como microtransporte, transporte alternativo e táxi/TNC coletivo (UberPool, LyftLine).
A falta do primeiro superdimensiona o sistema de ônibus, obrigando esse meio de transporte a servir, também, altas demandas. A falta do segundo causa uma migração dos usuários ricos para o carro particular, e dos pobres para a moto. É, portanto, urgente repensar o transporte coletivo nas nossas cidades.
Em um estudo recente, Luís Martínez e José Viegas, do ITF, simularam para a cidade de Lisboa um sistema de transporte inovador e disruptivo: substituíram os ônibus de linha e horário fixos por sistemas compartilhados.
Os resultados a que eles chegaram foram incríveis, acabando com o congestionamento, reduzindo drasticamente a poluição e a necessidade de estacionamento. Eles comprovam que um sistema minimamente coordenado de vans, táxis e micro-ônibus, muito semelhante à ideia de microtransporte, combinados com uma rede de metrô subterrânea e trens suburbanos, trariam melhores resultados à população do que as redes atuais de ônibus baseadas em troncalização e baldeação.
Conclusões semelhantes foram apresentadas pela American Public Transportation Association, mostrando que os novos sistemas compartilhados contribuem para o uso do transporte coletivo em geral, ao invés de concorrer com ele, diminuindo, assim, os custos com transporte e uso do automóvel.
O grande benefício que o celular trouxe foi a possibilidade de telefonar por um preço acessível, de qualquer lugar, à qualquer hora, sem restrições espaciais ou temporais. Isso fez com que o orelhão e o telefone fixo perdessem suas vantagens competitivas, pois eles tinham limitações espaciais (você tinha que se deslocar a certo local para telefonar) e, eventualmente, temporais (à noite era mais barato telefonar).
Assim como o celular substituiu o orelhão, boa parte dos sistemas de ônibus com linhas e horários fixos, protegidos legalmente de competição e, frequentemente, mal geridos, podem também ser substituídos por sistemas compartilhados. Esta transição será certamente gradual e empresas como Uber, Lyft, Bridj, Chariot e Via poderão contribuir muito.
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As obras da ciclovia da Av. Afonso Pena têm provocado polêmica em Belo Horizonte. Apesar das particularidades de cada cidade, quando se trata de ciclovias, os argumentos contrários costumam ser bem parecidos.
Apesar de ser muito usado, o asfalto quase nunca é o melhor material para pavimentar uma rua. Tijolos, paralelepípedos e blocos costumam ser opções muito melhores.
Despoluição, ampliação das ciclovias e criação de espaços públicos e privados nas margens do Rio Pinheiros são avanços importantes. Contudo, o difícil acesso e a falta de integração ao entorno ainda representam enormes desafios para que a população se reaproprie da orla de um dos principais rios de São Paulo.
Enquanto muito se discutiu a respeito do ‘conflito’ entre árvores e rede elétrica após as tempestades do final do ano passado, pouco se tem falado sobre a urgência de se plantar rapidamente novas árvores no lugar das muitas que tombaram nos últimos anos
Os tugas conseguiram bons resultados porque focaram nos usos e gratificações da população. Para entender o transporte e a “mobilidade” (termo que detesto porque mobilidade tem trocentos significados) é preciso olhar pro cara que está vestindo um saco preto e um capacete chulezento em cima de uma moto às 6h da manhã de um dia chuvoso de inverno em Porto Alegre e tentar entender porque ele prefere isso ao ônibus. Quando tivermos esta resposta, teremos a solução para o transporte
Os tugas conseguiram bons resultados porque focaram nos usos e gratificações da população. Para entender o transporte e a “mobilidade” (termo que detesto porque mobilidade tem trocentos significados) é preciso olhar pro cara que está vestindo um saco preto e um capacete chulezenta às 6h da manhã de um dia chuvoso de inverno em Porto Alegre e tentar entender porque ele prefere isso ao ônibus. Quando tivermos esta resposta, teremos a solução para o transporte.
Os tugas conseguiram bons resultados porque focaram nos usos e gratificações da população. Para entender o transporte e a “mobilidade” (termo que detesto porque mobilidade tem trocentos significados) é preciso olhar pro cara que está vestindo um saco preto e um capacete chulezento em cima de uma moto às 6h da manhã de um dia chuvoso de inverno em Porto Alegre e tentar entender porque ele prefere isso ao ônibus. Quando tivermos esta resposta, teremos a solução para o transporte