Entendendo a densidade residencial: por que ela é tão confusa?
Os diferentes métodos para calcular a densidade de pessoas morando em uma determinada área podem tornar difícil o entendimento desse conceito.
Confira nossa conversa com Henrique Evers e Guilherme Iablonovski sobre como foi a expansão demográfica e morfológica das cidades brasileiras nos últimos 30 anos.
29 de abril de 2025Para conversar sobre o novo estudo do WRI (World Resources Institute) sobre a expansão urbana brasileira nos últimos 30 anos, recebemos os coautores Henrique Evers e Guilherme Iablonovski.
Henrique é porto-alegrense e atua como Gerente de Desenvolvimento Urbano no WRI Brasil, onde lidera projetos de adaptação urbana, uso do solo e habitação. É autor de publicações sobre financiamento urbano e questões climáticas urbanas. É formado em Geografia pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e possui mestrado em Planejamento Territorial pela Universidade de Málaga.
Também de Porto Alegre, Guilherme é cientista de dados espaciais na Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, com foco na interseção das ciências da terra com os métodos próprios à ciência de dados e ao sensoriamento remoto. Atua como consultor freelancer em análise espacial e cartografia. É arquiteto e urbanista pela UFRGS e mestre em Planejamento Ambiental pela Escola de Urbanismo de Paris, além de possui formação complementar em Sensoriamento Remoto pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
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Estudo: Trinta anos de expansão vertical e horizontal em cidades brasileiras
Artigo: As cidades médias que assustam as capitais
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Quero apoiarOs diferentes métodos para calcular a densidade de pessoas morando em uma determinada área podem tornar difícil o entendimento desse conceito.
Se hoje o Brasil começasse a urbanizar uma favela por semana, demoraríamos 230 anos para integrar todas as favelas e comunidades às nossas cidades. 230 anos. Ou seja, teríamos de aguardar nove gerações. Por isso, precisamos falar com urgência de soluções transitórias.
O processo de licenciamento ambiental, necessário para a aprovação de projetos nas cidades brasileiras, apresenta diversos entraves na prática.
A mudança recente na forma como o IBGE chama as favelas reflete as transformações ao longo do tempo nesses lugares e vai ao encontro de investigações acadêmicas que apontam o fortalecimento do empreendedorismo.
Iniciado em 1970, o processo de favelização na cidade de Guarulhos foi marcado por processos de migração, ações de retirada de barracos e lutas de resistência.
O domínio de facções no Brasil revela a falência do Estado e a precariedade do urbanismo formal. Transporte, serviços e espaços públicos são moldados por regras paralelas, expondo a exclusão e a desigualdade, enquanto soluções urgentes para a dignidade urbana são necessárias.
Confira nossa conversa com o jornalista Raul Juste Lores sobre o debate urbanístico no Brasil nos últimos anos.
O Coeficiente de Aproveitamento determina a área construída permitida em cada lote da cidade. Apesar de ser um instrumento importante na gestão urbana, a forma como ele é definido e aplicado no Brasil carrega diversas contradições.
A contribuição da vida e obra de Donald Shoup é fundamental para entender os problemas dos estacionamentos nas cidades.
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