O papel das bicicletas na transformação urbana é crucial para cidades mais sustentáveis e acessíveis. Uma análise recente das melhores cidades do mundo para andar de bicicleta destaca exemplos como Amsterdã, Copenhague e Utrecht, onde a cultura ciclável é enraizada no cotidiano dos cidadãos. A infraestrutura é essencial, com ciclovias bem projetadas e sistemas de compartilhamento de bicicletas incentivando o uso desse meio de transporte. No Brasil, São Paulo se destaca nesse sentido, com investimentos em ciclovias e sistemas de compartilhamento de bicicletas.
Das principais cidades nordestinas, algumas têm se destacado em seus esforços para promover o ciclismo urbano, enquanto outras ainda enfrentam desafios significativos.
Recife, por exemplo, tem feito investimentos importantes em infraestrutura ciclável, com a implementação de ciclovias e a promoção de políticas públicas voltadas para os ciclistas. Sua posição geográfica plana e clima favorável também favorecem o uso da bicicleta como meio de transporte.
No entanto, apesar dos avanços em algumas cidades, outras enfrentam desafios significativos. Fortaleza, por exemplo, embora tenha implementado medidas para promover o ciclismo urbano, ainda enfrenta obstáculos como a falta de infraestrutura adequada e a falta de conscientização por parte dos motoristas sobre os direitos dos ciclistas.
Apesar dos desafios, o Nordeste possui características geográficas e climáticas que favorecem o uso da bicicleta como meio de transporte. As cidades da região têm oportunidades para promover uma mobilidade mais sustentável e inclusiva, aprendendo com exemplos de sucesso em outras partes do país e do mundo.
Embora as cidades brasileiras tenham um longo caminho a percorrer para alcançar os padrões de ciclabilidade de líderes internacionais como Amsterdã e Copenhague, com compromisso, investimento e colaboração, o Nordeste e o Brasil têm o potencial de se tornarem referências em mobilidade ciclável, promovendo cidades mais sustentáveis, saudáveis e acessíveis para todos.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Caos Planejado.